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04/07/2005
-
09h40
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
Embora o mistério da própria existência dos famosos anéis de Saturno continue em aberto --ninguém sabe que processo os formou, e a aposta mais cotada é a de que eles são resultado da desintegração de uma antiga lua ao redor do planeta--, os cientistas já avançam rumo a um entendimento inédito de sua estrutura. A última descoberta é a de que os anéis têm uma atmosfera própria.
O anúncio foi feito pelo cientista britânico Andrew Coates, durante o Festival Britânico do Espaço, em Birmingham, Reino Unido, segundo informou a rede BBC. Coates trabalha com um dos instrumentos da sonda Cassini, da Nasa (agência espacial americana), que está em órbita ao redor de Saturno há um ano e fez a descoberta.
De acordo com o pesquisador, a atmosfera dos anéis seria muito tênue, composta por oxigênio molecular (O2). A explicação, segundo ele, é a de que partículas de gelo dos anéis são convertidas em gás e o hidrogênio acaba se separando e escapando para o espaço interplanetário. O que sobra é o oxigênio.
Seria um processo semelhante ao que aconteceria nas luas geladas de Júpiter (Europa, Ganimedes e Calisto) para gerar tênues atmosferas. A única lua do Sistema Solar a ter uma atmosfera densa é Titã, de Saturno.
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da Folha de S.Paulo
Embora o mistério da própria existência dos famosos anéis de Saturno continue em aberto --ninguém sabe que processo os formou, e a aposta mais cotada é a de que eles são resultado da desintegração de uma antiga lua ao redor do planeta--, os cientistas já avançam rumo a um entendimento inédito de sua estrutura. A última descoberta é a de que os anéis têm uma atmosfera própria.
O anúncio foi feito pelo cientista britânico Andrew Coates, durante o Festival Britânico do Espaço, em Birmingham, Reino Unido, segundo informou a rede BBC. Coates trabalha com um dos instrumentos da sonda Cassini, da Nasa (agência espacial americana), que está em órbita ao redor de Saturno há um ano e fez a descoberta.
De acordo com o pesquisador, a atmosfera dos anéis seria muito tênue, composta por oxigênio molecular (O2). A explicação, segundo ele, é a de que partículas de gelo dos anéis são convertidas em gás e o hidrogênio acaba se separando e escapando para o espaço interplanetário. O que sobra é o oxigênio.
Seria um processo semelhante ao que aconteceria nas luas geladas de Júpiter (Europa, Ganimedes e Calisto) para gerar tênues atmosferas. A única lua do Sistema Solar a ter uma atmosfera densa é Titã, de Saturno.
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